Rede Digital de Serviços Integrados

    A Rede Digital com Integração de Serviços, RDIS, (em inglês ISDN, IntegratedServicesDigital Network), é uma rede baseada na transmissão e comutação digitais, sendo caracterizada pela integração do acesso dos utilizadores aos diversos serviços e redes atualmente existentes através de interfaces normalizadas fisicamente suportadas numa única linha digital.

    Para garantir a compatibilidade com as redes de telecomunicações já existentes e simultaneamente, dar ao sistema uma grande facilidade de expansão, que permita a fácil inserção de novos serviços, a implementação da RDIS deve obedecer a um conjunto de princípios básicos, definidos na recomendação 1.120, de que se destacam os seguintes:
       
            – possibilidade de implementação de uma larga gama de serviços de voz, dados, texto e imagens, que permitam a adaptação contínua da rede às necessidades dos utilizadores.

            – definição de um conjunto limitado de interfaces e de esquemas básicos de ligação, que facilitem a sua normalização e diminuam os riscos de incompatibilidade de comunicação entre utilizadores.

            – suporte de vários modos de transferência de informação, tais como comutação de circuitos, comutação de pacotes e não comutado (alugado), de modo a permitir aos utilizadores a opção pela tecnologia mais eficiente para cada aplicação.

            – compatibilidade com o ritmo de comutação básico de 64 kbit/s das centrais digitais atuais, de modo a poder utilizar a infraestrutura de comutação e transmissão digital das redes públicas existentes.

            – existência de "inteligência" para proporcionar serviços avançados, tal como se prevê que venham a surgir no futuro próximo.

            – utilização de uma arquitetura de protocolos de acordo com o modelo de referência OSI, para flexibilizar a sua implementação e compatibilizar o sistema com o modelo adotado pela indústria informática.

            – flexibilidade para adaptação as redes nacionais, de modo a ter em conta os vários níveis de desenvolvimento tecnológico em diferentes países.

Interfaces de acesso do utilizador

    Em RDIS são definidos apenas duas interfaces diferentes de acesso dos utilizadores a rede, a interface básica e a interface de ritmo primário.

            – A interface básica é constituída por dois canais de 64 kbit/s, designados canais B e por um canal de 16 kbit/s, designado canal D. Esta interface é vulgarmente designada por SO ou por 2B + D devido a sua estrutura de canais.

            – A interface primária é constituída por 30 canais B de 64 kbit/s e por um canal D de 64 kbit/s na versão europeia, sendo habitualmente designada por interface S2 ou 30B + D.